Olá! ❤
Nos últimos anos, o desenvolvimento ágil de software (ou Agile Software Development) deixou de ser um “buzzword” para se tornar um padrão de fato em muitas equipes de tecnologia.
Mas será que ainda faz sentido falar de Agile em 2025?
Neste post, vamos revisitar os fundamentos, entender os benefícios reais e discutir o que ainda faz (ou não) sentido nas práticas ágeis hoje.
O que é Agile?
Agile é um conjunto de valores e princípios que guiam a forma como equipes desenvolvem software. Ele surgiu como uma reação aos métodos tradicionais (como o modelo cascata), que eram muito rígidos e demoravam a entregar valor.

A principal diferença entre os modelos Cascata (Waterfall) e Agile está na forma como o desenvolvimento é organizado ao longo do tempo. Na abordagem em Cascata, o processo é linear: cada etapa (como requisitos, design, desenvolvimento, testes) ocorre uma única vez, em sequência. Isso significa que mudanças no meio do caminho são difíceis de incorporar, pois exigem voltar etapas inteiras, o que pode atrasar a entrega final e aumentar os custos.
Já no modelo Agile, o desenvolvimento é iterativo e incremental. As etapas são repetidas em ciclos curtos (chamados de sprints), permitindo que o software evolua de forma contínua, com entregas parciais e feedback frequente do cliente. Isso torna o processo mais flexível, adaptável a mudanças, e com foco constante em entregar valor o mais cedo possível. Em vez de esperar meses por uma entrega final, Agile promove lançamentos rápidos, testes contínuos e ajustes em tempo real.
O Manifesto Ágil, criado em 2001, resume bem a ideia:
- Indivíduos e interações acima de processos e ferramentas
- Software em funcionamento acima de documentação abrangente
- Colaboração com o cliente acima de negociação de contratos
- Resposta a mudanças acima de seguir um plano
Por que Agile continua relevante?
- Entrega contínua de valor
Métodos ágeis como Scrum e Kanban permitem entregas incrementais, o que ajuda o cliente a ver resultados mais rapidamente e ajustá-los conforme o projeto evolui. - Melhor adaptação às mudanças
Mudanças de escopo, requisitos ou prioridades são comuns em qualquer projeto. Equipes ágeis têm ciclos curtos de entrega (sprints) que permitem revisões frequentes e adaptação contínua. - Mais visibilidade e colaboração
Reuniões diárias, retrospectivas e demonstrações aumentam o alinhamento entre time técnico, stakeholders e usuários. - Foco no usuário final
Ao priorizar funcionalidades com base em valor de negócio e feedback real, Agile mantém o foco na experiência do usuário.
Mas… nem tudo são flores
Agile não é uma fórmula mágica. Implementar Scrum, por exemplo, sem entender os princípios pode levar a uma burocracia disfarçada. Fazer “stand-ups” diários sem propósito não melhora a produtividade. E seguir rituais sem entregar software de valor é só… teatro ágil.
Além disso, equipes remotas ou distribuídas enfrentam desafios extras: comunicação assíncrona, fusos horários e ferramentas mal integradas podem atrapalhar se não forem bem gerenciados.
Agile em 2025: o que mudou?
- DevOps e CI/CD se integraram fortemente ao ciclo ágil, reduzindo o tempo entre escrever código e colocá-lo em produção.
- AI pair programming (como GitHub Copilot e similares) está acelerando tarefas repetitivas e influenciando a forma como iteramos no código.
- Data-driven agile: mais times estão usando métricas (lead time, throughput, burndown real) para tomar decisões baseadas em dados, não só em intuição.
Conclusão
Agile não é uma metodologia pronta, é uma nova mentalidade. Seus princípios ainda são extremamente relevantes, mas a forma de aplicá-los precisa evoluir com o contexto da equipe, da empresa e da tecnologia disponível.
Se você quer começar com Agile, comece pequeno. Experimente, ajuste, colabore. Afinal, ser ágil é isso!
Até o próximo post! 🔥