Boas Práticas Profissionais: Testes, Versionamento e Manutenção de Código (Parte 3)

Olá! ❤️

Esta é a parte final da nossa série sobre boas práticas de programação.

Nos artigos anteriores, falamos sobre os fundamentos e a estrutura de um código limpo. Agora chegou a hora de avançar para um nível mais profissional: o ambiente de desenvolvimento real.

Desenvolver software não é só programar – é saber manter, evoluir e colaborar em projetos ao longo do tempo. É aqui que entram boas práticas como testes automatizados, controle de versão, refatoração contínua e mais.

Vamos lá!

1. Escreva testes automatizados (de verdade)

Testes automatizados garantem que o seu código funciona – e continua funcionando depois de mudanças.

Por que escrever testes:

  • Reduz bugs em produção
  • Dá segurança para refatorar e evoluir
  • Ajuda a documentar o comportamento esperado

Tipos comuns de testes:

  • Unitários: testam funções isoladas
  • De integração: testam como diferentes partes do sistema se comunicam
  • De aceitação (end-to-end): testam o sistema como um todo, simulando o uso real

Exemplo simples (Python):

def somar(a, b):
    return a + b

def test_somar():
    assert somar(2, 3) == 5

Ferramentas populares para testes automatizados.

Dependendo da linguagem que você usa, existem várias ferramentas consolidadas para escrever e rodar testes:

  • Pythonpytestunittest
  • JavaScriptJestMocha
  • JavaJUnit
  • Gotesting

Essas ferramentas oferecem suporte para testes unitários, mocks, fixtures, execução em lote e integração com CI/CD.

Dica: não precisa cobrir tudo de início. Comece testando os pontos críticos.


2. Use controle de versão (e use direito!)

Git não é só para salvar o código: é uma ferramenta poderosa de colaboração, rastreabilidade e segurança.

Boas práticas com Git:
  • Commits pequenos e frequentes
  • Mensagens claras e descritivas (feat: adiciona validação de email)
  • Nunca comite código quebrado (especialmente em main)
  • Use branches para organizar o trabalho: feature/bugfix/hotfix/
Exemplo de mensagem de commit boa:
fix: corrige erro na validação de CPF inválido

Evite mensagens genéricas como “atualizações”, “teste”, “arrumei”, etc.


3. Faça refatoração contínua

Refatorar é melhorar o código sem mudar seu comportamento externo. É como organizar a casa: você pode até já morar nela, mas mantê-la arrumada faz toda a diferença.

Quando refatorar:
  • Quando entender melhor o problema depois de escrever o código
  • Quando algo estiver difícil de testar
  • Quando estiver repetindo muito código
  • Sempre que encontrar algo confuso

“Refatorar é pagar a dívida técnica antes que ela cobre juros.” – desenvolvedor sensato


4. Trabalhe bem em equipe

Você não programa sozinho(a) — mesmo em projetos pessoais, o “você do futuro” é outra pessoa. Para colaborar bem:

  • Faça code reviews e aceite feedback com maturidade
  • Siga um guia de estilo (linter, formatação automática)
  • Documente decisões importantes
  • Compartilhe conhecimento (commits, comentários, README)

Ferramentas úteis:

  • Linterseslintflake8rubocop
  • Formatadoresprettierblackgofmt
  • Documentação: Markdown (README.md), comentários úteis, diagramas

5. Automatize o que for possível

Automação reduz erro humano e garante consistência. Algumas coisas que valem automatizar:

  • Rodar testes antes de fazer deploy
  • Verificar qualidade do código (linter/formatter)
  • Deploy contínuo (CI/CD)
  • Criação de buildsreleases e changelogs

Ferramentas populares que podem te ajudar:

  • GitHub Actions
  • GitLab CI
  • CircleCI
  • Travis CI

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Conclusão: Profissionalismo é processo, não ferramenta

Adotar boas práticas profissionais vai muito além de saber programar bem. Trata-se de criar sistemas confiáveis, escaláveis e que resistem ao tempo — mesmo com várias pessoas mexendo neles.

Testar, versionar, refatorar e colaborar não são extras: são parte do ofício de desenvolver software com responsabilidade.

Não é necessário adotar tudo de uma vez. O importante é ir evoluindo passo a passo, buscando sempre melhorar seu código e sua forma de trabalhar.

Leitura recomendada


🎯 Final da Série – Recapitulando

  • Parte 1 – Fundamentos: KISS, DRY, YAGNI, legibilidade
  • Parte 2 – Estrutura: nomes, funções coesas, organização do projeto
  • Parte 3 – Profissionalismo: testes, Git, refatoração, trabalho em equipe

Você pode usar essa série como referência contínua, checklist pessoal ou até como base para treinar outros devs.

Até a próxima semana!